segunda-feira, 12 de setembro de 2011

APRENDENDO COM A HISTÓRIA DO CRISTIANISMO - II

APRENDENDO COM A HISTÓRIA DO CRISTIANISMO – II – MACHISMO, FEMINISMO E CAPITALISMO.



   Muito bem, continuando nossa “caminhada” pela História do Cristianismo, antes de falarmos das heresias evangélicas, quero citar três “ismos” que não são estudados pela matéria teológica chamada Heresiologia, porém, tem causado danos desastrosos à vida da “Noiva do Senhor Jesus Cristo”, a Igreja, que são o “Machismo”, o “Feminismo” e o “Capitalismo”.
     Essas “doutrinas”, quando misturadas à doutrina Cristã, funcionam como verdadeiro “fermento dos Fariseus” do qual o Senhor Jesus ordenou que nos guardássemos ( ler os Evangelhos ).
     É certo que o Senhor deu responsabilidades específicas a ambos os sexos. É certo, também, que a responsabilidade do homem era cuidar e proteger sua companheira. Ele, que foi criado primeiro, que tinha um conhecimento maior do mundo recém-criado, deveria atuar como “cabeça” e até como “mediador”( sacerdote ) de sua esposa querida e amada.
   Se você ler os primeiros capítulos de Gênesis, verá que o homem não agiu como “cabeça”, muito menos como “mediador” diante dos fatos ocorridos. Daí para cá, suas responsabilidades foram desviadas do seu verdadeiro propósito e surgiu uma doutrina chamada “Machismo” que teima em querer buscar apoio Bíblico para sua existência.
   Preciso que você conheça o que a Teologia chama de vontade perfeita, de Deus; e vontade permissiva, de Deus. A vontade permissiva, gira em torno da tolerância e misericórdia, do Senhor, para com o ser humano. Por exemplo: O Senhor cria o homem e lhe dá uma única companheira. Ora, o homem tinha a grande tarefa de encher a terra e povoá-la, com a raça humana. Deus poderia ter lhe dado duas ou mais esposas e dito: “Como sua missão é muito grande, terás mais de uma mulher. Depois, porém, não será assim. Você terá uma única esposa.” Leia o livro de Gênesis e verás que, em nenhum momento há a aprovação, do Senhor, à prática da Poligamia( o homem ter mais de uma esposa ); porém, vemos o homem fazendo uso dessa prática e o Senhor tolerando e convivendo com isso. Os Teólogos chamam essa prática de “Vontade permissiva” O Senhor convive com a prática e não a condena, como abominável, a ponto de afastar o praticante, do Senhor, ou da missão que Deus tem com o mesmo. Entre muitas outras, temos, também, a escolha de um Rei. Lendo a História de Samuel, fica claro que não era da vontade perfeita do Senhor, que o seu povo fosse liderado por Reis. Porém, o Senhor tolera e aceita. Nenhum deles são repreendidos ou impedidos de realizar a vontade de Deus. Então, a vontade perfeita é a revelada, sem nenhuma objeção; e a permissiva é a que é tolerada, mesmo sabendo que, no princípio, não foi assim.
   Dito isso, o homem andou exagerando nessa função de “cabeça” e a mulher passou a ser diminuída e desprezada em sua função de esposa, amiga e auxiliadora.
   Quando Jesus está na terra, ele convive com essa prática, porém, age de forma diferente. Trata a mulher com honra e com respeito. Dá, a ela, o privilégio de ser testemunha e anunciadora do maior fato histórico do Cristianismo: A Ressurreição do Senhor. No verdadeiro Cristianismo, portanto, o machismo não pode sobreviver.
   Nem todos entendem e obedecem a nova revelação. Há os que sabem que, no princípio, não foi assim. Que Jesus só corrigiu o que, pela dureza do coração dos homens, havia tomado outro rumo. As mulheres começam a lutar pelos seus direitos e contam com o apoio e a ajuda de homens esclarecidos e inconformados com as injustiças sofridas por elas.
   O exagero e o desequilíbrio sempre trará conseqüências maléficas para todos. Surgiu o ‘Feminismo”. As mulheres passam a disputar poder e autoridade com os homens. Quem sabe mais? Quem manda mais? Qual o sexo mais forte?                                
   A  doutrina “Capitalista”, de produção e renda, encontra nessa rivalidade, entre homens e mulheres, um prato cheio para o seu sucesso.
   A Igreja e as famílias, que foram edificadas sobre a orientação do Senhor Jesus, começam a sofrer conseqüências, em meio a guerra entre os sexos, fermentada pelo ‘Capitalismo Selvagem”.
   Como escapar do consumismo? Como produzir menos ou possuir menos e ser feliz? A mulher pode produzir, e muito, para essa indústria que nunca se satisfaz com os resultados alcançados.
   Ser, somente, esposa e mãe é desprezível e humilhante. Se a mulher não se especializar, é tida como um “zero à esquerda”. Ela sai tão cedo quanto o marido para o trabalho e chaga tão tarde ou mais tarde do que ele. Quem cuida do lar? Quem educa as crianças? Quem pode receber o esposo cansado, com carinho e paciência? Ela tenta ser uma “super-mulher”, porém, logo descobre que é impossível.
   Contrata-se alguém para cuidar da casa e dos filhos e, ainda assim, é preciso muita sabedoria para o lar não desmoronar. A mulher cansada e com problemas no emprego( projetos, produção, concorrência ... etc); não tem paciência para ajudar o marido com os mesmos problemas. Ambos, cansados e aborrecidos prosseguem na “luta pela sobrevivência”
   Os filhos sofrem a ausência dos pais. Quem toma conta, não pode corrigir nem castigar. Anota as peraltices e desobediências para que, à noite, os pais façam o que achar melhor. Pais ausentes não se sentem com autoridade para corrigir. Como brigar com uma criança da qual você ficou ausente o dia todo e está “morrendo” de saudade e vontade de abraçar e beijar?
   Os lares, evangélicos ou não, prosseguem nesse caminho tortuoso e sem volta. Famílias desequilibradas, hoje; e famílias super desequilibradas, amanhã. Igrejas desequilibradas, hoje; e Igrejas super desequilibradas, amanhã.
   O Capitalismo, porém, está rindo à toa. As famílias estão mais “ricas”. As Igrejas estão mais “ricas”. A renda “per capta” está maior. Nosso País está crescendo e produzindo muito mais. Viva o Capitalismo!
   Concluindo: O Machismo produziu o Feminismo e ambos, movidos e direcionados pelo
Capitalismo, estão enfraquecendo e desvirtuando o Cristianismo.



Pastor e Professor José Pereira Sotéro.