segunda-feira, 17 de outubro de 2011

"Aprendendo com o Profeta Elias"

APRENDENDO COM O PROFETA ELIAS
II Reis 2: 1 ao 11

Em um dia de inspiração, em minha vida, resolvi estudar a vida e a obra desse grande homem de Deus. Procurava tirar ensinamentos e orientações para a Igreja e os Cristãos, dos nossos dias. Quando, de repente, me detive nesse texto que fala dos últimos momentos, do Profeta, na terra. Li e reli o texto e resolvi abandonar o “Literal” e passar a fazer uso da “linguagem e interpretação figurada”.
Àquela estranha caminhada, de Elias, com o seu possível sucessor, cada lugar por onde andaram, passou a ter um significado e um sentido específico para mim.
Os chamados, pelo Senhor, para uma Obra específica, terão “visão” e consciência do que está acontecendo, Se precisarem ser arrastado ou, a todo instante, incentivado por quem o orienta, não será um bom discípulo; muito menos o sucessor de quem o está preparando.
Com plena consciência disso, quem o prepara deve testá-lo para ver se sabe o que quer e se valoriza o que está vivendo. Se a pessoa pensa que é “super especial” e que está fazendo algum “favor para Deus”, quanto mais cedo desistir e trocar a sua “chamada” por outra coisa, menos prejuízo trará para a Obra do Senhor.
O primeiro lugar, de onde o Profeta sai com o seu discípulo e onde o aprendiz tem a oportunidade de ficar, é Gilgal. Qual o sentido, para nós, desse lugar ?  O que podemos  aprender ai ?
Gilgal é o lugar do “Milagre comprovado”, é o lugar do “Sinal visível”. Após o povo chegar à terra de Canaã, o Senhor faz, com Josué, o que havia feito com Moisés: Confirma sua autoridade e liderança, sobre o povo, através
da sua comunhão com ELE. Assim como Moisés abriu o Mar Vermelho e o povo o atravessou à pé; Josué, abriu o Rio Jordão, que transbordava pelas suas ribanceiras, e o povo atravessou a pé enxuto. Porém, cumprindo ordem do Senhor, Josué ordenou que doze líderes de Israel, representando as doze tribos, retirassem do leito do Rio, uma pedra, cada um, e se fizesse um “monumento” do outro lado do Jordão. Sim, em Gilgal foi erguido esse “monumento” que, quando visto e perguntado, receberia a seguinte resposta: “As doze pedras foram retiradas do leito do Rio, por doze líderes, cada um de uma tribo de Israel, quando o Senhor, com o seu braço forte e sua mão estendida, fez Israel atravessar, à pé enxuto o Rio Jordão”. Assim, Gilgal passou a ser um lugar do “Milagre visível” e do “Sinal comprovado”, realizado pelo Senhor.
O verdadeiro Cristão não se conforma com Gilgal. Ele quer mais de Deus e das SUAS revelações. Gilgal seria como uma “primeira fase” na “carreira Cristã”. Um Cristão como Tomé, é considerado por Jesus, porém, o Senhor lhe diz: “Bem aventurado os que não viram e creram”. Ficar em Gilgal, é não crescer na fé; é precisar vivenciar milagres e maravilhas, visíveis, todos os dias.
Se você partir de Gilgal, chegará em Betel. O que acontecerá aí ? o que podemos aprender com esse lugar ? Jacó viveu uma grande experiência, espiritual, nesse lugar. Betel é lugar de crescimento espiritual. Tinha até uma pedra que marcava esse lugar, porém, o que aconteceu ali foi, totalmente, espiritual. Não foi vivido por muitos. Não foi testemunhado por todos. Só quem busca ao Senhor, de coração, pode ver a “escada” que une o Céu à terra e ver os “Anjos de Deus”, subindo e descendo por ela.O Cristão que não vive a “experiência de Betel”, não “amadurece espiritualmente”. Elias perguntou a Eliseu se ele gostaria de ficar em Betel. Porém, para quem tem fome e  sede, do Senhor, há mais a ser alcançado e vivenciado. O próximo lugar é de grande conquista e de grande vitória, espiritual. Jericó é a próxima parada. Aqui as muralhas cairão por terra e você conquistará o que Deus tem preparado para você. Além disso, Jericó pode significar a “Escola do Deserto do Senhor” em nossas vidas. Após a conquista de Jericó, Josué amaldiçoou a quem reedificasse esse lugar. Coisas malditas são “desertos”(...eis que sua cidade ficará deserta ...). A História Mineira registra que os Portugueses amaldiçoaram os Inconfidentes, matando, exilando ... destruindo suas propriedades e salgando-as. A terra dos “traidores” virava um verdadeiro deserto. Não nascia nem uma graminha no lugar. Ir a Jericó sem “maturidade espiritual” é “morte certa”. Só quem viveu uma bela experiência espiritual, em Betel, consegue vencer e sobreviver em Jericó. As vezes, encontro “Crentes de Gilgal” dizendo que estão sendo provados, pelo Senhor. Eles estão envolvidos pelos seus próprios erros e pecados e querem atribuir, ao Senhor, as conseqüências deles. A “Escola do Deserto do Senhor” é só para quem tem intimidade com ELE( Deus castiga àquele a quem ama ). Se você alcançou esse estágio, já está pronto para “atravessar o Jordão”. Eliseu estava pronto. Elias, sabendo que os sonhos de Eliseu eram os “Sonhos de Deus”, diz que ele pode pedir o que quiser. Quem chega a esse estágio “não vive mais”. O Senhor vive e reina através da sua existência. Já está pronto para ir morar com o Senhor. O curioso é que após o Jordão, estamos em Gilgal, novamente. Não é errado estar em Gilgal. Vivenciar grandes milagres e poderosas maravilhas, faz parte da vida cristã. Porém, se você nunca foi além, sua “raiz cristã” não tem profundidade. Os prazeres ou as lutas, dessa vida, irão roubar ou matar a “semente do Evangelho” em você. Sua fé “secará” e você, mais cedo ou mais tarde, se desviará do “Caminho do Senhor”. Se, porém, como Elias e Eliseu, seguires este roteiro, estarás pronto para “partires e estares com Cristo” ou participares, como Elias, do “ARREBATAMENTO DA IGREJA” Amém ?  Maranata !

Pastor e Professor José Pereira Sotéro.